quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dicas de Prevenção com Brinquedos



Brincando
Brincar é uma importante parte do desenvolvimento da criança. Brinquedos oferecem diversão e entretenimento, além de ajudar seu filho no aprendizado. Para uma brincadeira segura, alguns itens devem ser observados, incluindo a presença da marca de conformidade do Inmetro – popularmente conhecido como selo do Inmetro - e a escolha do brinquedo adequado a faixa etária de seu filho.

Como proteger uma criança de um acidente com brinquedos
Supervisão é um importante fator para manter as crianças seguras de acidentes com brinquedos. Envolver-se com a brincadeira de seu filho, em vez de supervisionar à distância, lhe dá a oportunidade de tomar conta com mais cuidado. As crianças adoram quando os adultos participam de seus jogos. Brincar com o seu filho é uma forma de aprender mais sobre ele e ensinar-lhe importantes lições. Além disso, você se diverte também enquanto o protege.
* Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. Siga as recomendações do fabricante e procure brinquedos com selo do Inmetro;

* Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos – que podem ocorrer durante a brincadeira ou enquanto a criança manuseia o brinquedo - e potenciais riscos tais como pontas afiadas e arestas. Conserte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora do alcance da criança;
* Considere utilizar um testador para determinar aquelas partes pequenas de brinquedos que oferecem risco de engasgamento em crianças de até 3 anos. Crianças na chamada “fase oral” estão explorando o mundo e tendem a fazê-lo colocando brinquedos e outros objetos na boca. Dica: utilize uma embalagem plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui o diâmetro aproximado da garganta da criança e poderá alertar para o risco de forma bastante visual;
* Evite utilizar balões de látex (bexigas). Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das crianças e supervisione-as durante toda a brincadeira. Não permita que crianças encham bexigas e tenha muito cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser acidentalmente ingeridos pelas crianças e ocasionar sérias conseqüências. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços;
* Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, que produzem sons altos e que apresentem projéteis, como dardos e flechas;
* Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de estrangulamento;
* Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de aquecimento – baterias, tomadas elétricas – para crianças com menos de 8 anos;
* Certifique-se de que os brinquedos serão usados em ambientes seguros. Brinquedos dirigidos pela criança não devem ser usados próximos a escadas, rua, piscina, lago, etc;
* Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira. Um local seguro para guardar previne quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente;
* Presentes como bicicletas, patins, patinetes e skates são boas oportunidades para ensinar às crianças sobre segurança na diversão. Presenteie seu filho com os equipamentos de segurança necessários, tais como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina.
* Fique atento ao recall de brinquedos – divulgado através da mídia – e siga as orientações do fabricante.

Saiba mais
* Quedas e engasgamento são os principais responsáveis pelos acidentes e mortes relacionados com brinquedos. Um dos principais culpados de engasgamento são as bexigas/balões de látex;
* Crianças de até 3 anos são mais propensas a sofrer engasgamento do que as maiores, porque elas têm tendência a colocar pequenas coisas na boca. No entanto, crianças mais velhas também correm riscos de se engasgar com bexigas e sacos plásticos;
* Brinquedos dirigíveis, principalmente bicicletas, estão associados a mais acidentes que qualquer outro grupo de brinquedos. Acidentes fatais podem ocorrer quando a criança é atingida por um automóvel ou quando a criança cai numa piscina, num lago, riacho, etc. A maioria dos acidentes com brinquedos dirigíveis ocorre quando as crianças caem dos brinquedos;
* O selo do Inmetro garante que o brinquedo passou por testes que comprovam sua segurança e qualidade. Os materiais utilizados na fabricação dos brinquedos devem ser atóxicos.

Linguagem Oral com Poesias


A poesia é um ótimo recurso para aumentar o universo cultural das crianças e desenvolver a oralidde mesmo que elas ainda não saibam ler.

"Poesia é descoberta das coisas que eu nunca vi." A definição do escritor brasileiro Oswald de Andrade (1890-1954) se encaixa perfeitamente no que os textos do gênero podem representar para os pequenos que estão descobrindo as possibilidades da linguagem e da oralidade. Organizar frequentemente leitura de versos em voz alta para os alunos e ensiná-los a recitar é uma maneira de propiciar a ampliação do universo discursivo deles. "A poesia tem características, como a musicalidade e a rima, que despertam o interesse das crianças pelas palavras, mesmo que elas ainda não saibam escrevê-las", diz Adriana Sobhie, diretora de orientação educacional da Secretaria de Educação de Tupã, a 514 quilômetros de São Paulo.

O contato estabelecido pelos alunos com o material poético pode ocorrer desde cedo: eles se relacionam com poemas ao se movimentar no ritmo de uma canção, por exemplo. Afinal, um poema acompanhado de instrumentos é música. E eles mesmos têm seus momentos poéticos, quando brincam de rimar com elementos do cotidiano, como "O pincel caiu em cima do pastel cheio de mel".

Mas isso não quer dizer que um trabalho bem feito na Educação Infantil possa dispensar muita pesquisa e estudo.

O primeiro passo é definir o que vai ser lido. As escolhas têm de despertar a curiosidade das crianças pela sonoridade, entre outras coisas. "Não faz sentido descartar textos que apresentem termos difíceis de serem pronunciados ou priorizar produções que não despertam o interesse da turma pelo contexto só porque são consideradas clássicas", diz Renata de Souza, coordenadora do Centro de Estudos em Leitura e Literatura Infantil e Juvenil Maria Betty Coelho Silva (CELLIJ), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Presidente Prudente. As educadoras da EMEIF Nossa Senhora de Fátima, em Tupã, por exemplo, escolheram Bola de Gude, do poeta brasileiro Ricardo Azevedo, que conta a opinião de um menino sobre bolas e, em especial, da que dá nome ao poema.

Outro ponto importante é a dedicação aos textos antes de apresentá-los ao grupo. Leia o material várias vezes para compreender o tema e ensaie a leitura em voz alta, conferindo ritmo e entonação. Isso contribui para você ser encarado como um bom modelo de declamador.

Para desenvolver a oralidade, também vale usar as adivinhas, como "O que é, o que é, quanto mais curto for, mais rápido é?" (o tempo). Breves e simples, são de fácil memorização. Parlendas, como "amanhã é domingo, pede cachimbo...", costumam apresentar frases na ordem direta, o que facilita a repetição também. Já os trava-línguas são interessantes por serem complicados: os pequenos não resistem ao desafio de dizer, por exemplo, "O rato rasgou a roupa do rei de Roma" corretamente e, à medida que vão acertando, acelerarem o ritmo da pronúncia.


Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/linguagem-oral-poesias-oralidade-poemas-567791.shtml

Lavar mão de criança é ato mais eficaz contra resfriados e outras viroses!!


Nos meses mais frios, os consultórios médicos lotam de pacientes para receber um diagnóstico quase unânime na maioria das vezes: virose. As viroses são doenças normalmente causadas por vírus e variam muito de intensidade. Entre as respiratórias, a mais comum é o vírus influenza, o da gripe comum. Há dezenas de tipos de vírus que causam resfriados ou infecções respiratórias mais ou menos graves, como os rinovírus e adenovírus (que causa febre alta, conjuntivite e dor de garganta). Existem também, as intestinais causadas pelo rotavírus.
É possível evitá-las?

Além de impedir o contato com outras pessoas doentes, as maneiras de proteger a criança das viroses são: manter o calendário de vacinação em dia, e também, o que nem todos sabem que para conter esses tipos de vírus, está bem ao seu alcance; ou melhor, nas mãos das crianças.
As crianças carregam mais vírus porque não têm o hábito de lavar as mãos, e no fato de que elas levam mais as mãos à boca e ao nariz. Temos que ensiná-las desde pequenas.
Se conseguirmos incutir nas crianças a importância da higienização das mãos para se alimentarem, após irem ao banheiro ou quando espirram, elas serão adultos mais preparados para evitar a contaminação.

REGRAS (ORIENTAÇÕES) DE SAÚDE DA ESCOLA:
A criança com piolho, conjuntivite, catapora, infecção respiratória, intestinal, bem como portadora de qualquer doença infecto-contagiosa não poderá freqüentar a Escola. Seu retorno só será permitido mediante alta de seu pediatra, com atestado médico.

Lembramos que a criança não poderá permanecer na escola, quando estiver em estado febril e não tiver consultado ainda com o pediatra. Diante de tal ocorrência, pais ou responsáveis serão comunicados para que venham buscá-la imediatamente, pois não sabemos ainda qual é a causa da febre. Avisar a escola o mais breve possível, quando a criança estiver com alguma doença transmissível para que possamos alertar aos outros pais.
Lembrando que para administrar medicação na escola, a vigilância sanitária exige a prescrição médica, portanto pedimos a gentileza de mantê-la atualizada na escola. Sempre que seu filho(a) necessitar alguma medicação será comunicado a família.
A medicação só poderá ser administrada mediante prescrição médica, que fica anexada junto aos registros da criança. Na prescrição deve constar a dosagem de nº de gotas por quilo de peso da criança.
Renovação da prescrição médica de antitérmicos: este procedimento justifica-se pela variação rápida de peso e consequentemente da dosagem medicamentosa.Diante de tal ocorrência, pais ou responsáveis serão comunicados para que venham buscá-la imediatamente, pois não sabemos ainda qual é a causa da febre. Avisar a escola o mais breve possível, quando a criança estiver com alguma doença transmissível para que possamos alertar aos outros pais.
Lembrando que para administrar medicação na escola, a vigilância sanitária exige a prescrição médica, portanto pedimos a gentileza de mantê-la atualizada na escola. Sempre que seu filho(a) necessitar alguma medicação será comunicado a família.

A medicação só poderá ser administrada mediante prescrição médica, que fica anexada junto aos registros da criança. Na prescrição deve constar a dosagem de nº de gotas por quilo de peso da criança.
Renovação da prescrição médica de antitérmicos: este procedimento justifica-se pela variação rápida de peso e consequentemente da dosagem medicamentosa.

IDADES RENOVAÇÃO
0 A 1 ANO MENSAL
1 A 2 ANOS TRIMESTRAL
2 A 6 ANOS SEMESTRAL

Todos os remédios deverão ser enviados para a escola devidamente identificados com o nome da criança e discriminada também, na agenda (fora a prescrição médica), as respectivas dosagens e horários. Os antitérmicos (alivium, paracetamol, tylenol, etc) de cada criança devem ser enviados para a escola, onde permanecerão guardados na “Farmacinha”. Antibióticos e vitaminas, que podem ter horários compatíveis com a estada da criança em casa, deverão ser evitados na escola.

Claudìa Accòrsi—Nutricionista
CRN2-4602

quarta-feira, 14 de julho de 2010

ROTA VÍRUS

DESCRIÇÃO DA DOENÇA

A infecção pelo rotavírus varia desde um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada à quadros graves com desidratação, febre e vômitos, podendo evoluir a óbito.
Praticamente todas as crianças se tem contato e se infectam nos primeiros 3 a 5 anos de vida, mesmo nos países em desenvolvimento, mas os casos graves ocorrem principalmente na faixa etária de 3 a 35 meses. No Brasil e em Mato Grosso do Sul , os dados relativos à incidência do rotavirus são bastante limitados.
Os serviços de vigilância epidemiológica dos Estado Unidos motram que o Rotavirus a principal causa de diarréia grave. Estima-se que essa doença seja responsável por 5 a 10% de todos os episódios diarreicos em crianças menores de 5 anos. Também aparece como causa freqüente de hospitalização, atendimentos de emergência e consultas médicas, sendo responsável por consideráveis gastos médicos.
É importante frisar que em crianças prematuras, de baixo nível sócio-econômico ou com deficiência imunológica a infecção pelo rotavirus assume uma maior gravidade . O rotavírus também tem grande participação nos surtos de gastroenterite hospitalar .
AGENTE
É um RNA vírus da família dos Reoviridae, do gênero Rotavírus. São classificados sorologicamente em grupos, subgrupos e sorotipos.
Até o momento 7 grupos foram identificados: A, B, C, D, E, F e G, ocorrendo em diversas espécies animais, sendo que os grupos A, B, e C são associados a doença no homem.

O grupo A é o de melhor caracterização, predominando na natureza, associado a doença no homem e em diversas outras espécies animais.
Possuem antígeno comum de grupo, localizado no componente VP6, no capsídeo intermediário, detectável pela maioria dos testes sorológicos. Esta proteína também determina o subgrupo (I, II, I e II, não I - não II) a que pertence a cepa. Os sorotipos são determinados por duas proteínas (VP4 e VP7) situadas no capsídeo externo.
Dos 14 sorotipos G (VP7) conhecidos, 10 têm sido descritos como patógenos humanos: os tipos G1 a G4, os mais freqüentemente encontrados em todo o mundo e para os quais vacinas estão sendo desenvolvidas; os tipos G8 e G12, esporadicamente encontrados e o tipo G9, predominante na Índia.
Rotavírus que eram encontrados exclusivamente como patógenos animais, sorotipos G5, G6 e G10, foram isolados em humanos.
O sorotipo G5 foi encontrado em amostras brasileiras segundo Gouvea et al, 1994 e Timenetsky em 1998.

MODO DE TRANSMISSÃO
Rotavírus são isolados em alta concentração em fezes de crianças infectadas e são transmitidos pela via fecal-oral, por contato pessoa a pessoa e também através de fômites.
O período de maior excreção viral é o que se dá entre o 3º e 4º dia a partir dos primeiros sintomas, no entanto, podem ser detectados nas fezes de pacientes mesmo após a completa resolução da diarréia.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO
Varia de 1 a 3 dias.

CONDUTA
A anamnese feita com cuidado, com dados de história, antecedentes epidemiológicos e o exame clínico podem sugerir fortemente a infecção pelo rotavírus, no entanto como as manifestações clínicas da infecção não são específicas, a confirmação laboratorial é necessária para a vigilância epidemiológica e pode também ser útil em situações clínicas. Na forma clássica, mais freqüente em crianças de 6 meses a dois anos, a doença se manifesta como quadro abrupto de vômito, que na maioria das vezes precede a diarréia, e a presença de febre alta.
É comum observar-se formas mais leves ou quadros subclínicos entre adultos contactantes. Em crianças até os 4 meses pode haver infecção assintomática, levando a crer na ação protetora de anticorpos maternos e do aleitamento materno ;

A diarréia é caracteristicamente aquosa, com aspecto gorduroso e caráter explosivo, durando de 4 a 8 dias. Variações do quadro clínico através de infecções aparentes ou inaparentes não parecem guardar correlação com o sorotipo, enquanto que nas reinfecções, na maioria das vezes se evidenciam variedades antigênicas, sendo que, via de regra, a primo infecção é a de maior gravidade.

O exame laboratorial específico é a investigação do vírus nas fezes do paciente. A época ideal para detecção do vírus nas fezes vai do primeiro ao quarto dia de doença, período de maior excreção viral. O método de maior disponibilidade é a detecção de antígenos, por ELISA, nas fezes. Outras técnicas, incluindo microscopia eletrônica, VP4 e VP7 e cultura, são usadas principalmente em pesquisas. Métodos sorológicos que identifiquem aumento de títulos de anticorpos IgG e IgM, por ELISA, também podem ser usados para confirmação de infecção recente .

TRATAMENTO

Por ser, em geral, doença auto limitada, com tendência a evoluir espontaneamente para a cura, o fundamental do tratamento é prevenir a desidratação e distúrbios hidreletrolíticos.
Não se recomenda o uso de antimicrobianos.
Não há terapêutica específica para combater o rotavírus.

A orientação atual é de manutenção da dieta alimentar normal. Eventualmente pode ser necessário recorrer à hidratação parenteral, se a oral não for suficiente para a reposição de fluidos e eletrólitos. Não se recomenda o uso de antidiarreicos.
COMPLICAÇÕES
Existem vários relatos na literatura associando a infecção por rotavírus a encefalites, Síndrome de Reye e à Doença de Kawasaki.

De todas as complicações as que não assumem caráter circunstancial são a diarréia prolongada em imunodeprimidos e a enterocolite necrotisante em neonatos.
DISTRIBUIÇÃO E FREQÜÊNCIA DA DOENÇA
Diversos estudos efetuados em vários países evidenciam a distribuição universal da doença, embora com características epidemiológicas distintas, dependendo do tipo de clima , se é temperado ou tropical

Nas áreas de clima temperado , o rotavirus se manifesta com uma distribuição tipicamente sazonal, através de extensas epidemias nos meses frios.
Já nas regiões tropicais , a sazonalidade não é tão marcante, manifestando-se mais por um caráter endêmico.

No Brasil, estudo realizado por Pereira et al, em 1993, evidenciou sazonalidade típica nas regiões Centro-Oeste, sudeste e sul e não se observou o mesmo padrão no Norte e Nordeste do país.
No Mato Grosso do Sul , a vigilância epidemiológica tem observado a sazonalidade da infecção pelo rotavirus , sendo que em 2004 e 2005 , nos meses de julho e agosto houve registros de surtos em diversos municípios do estado. De uma forma geral, a Monitorização de Doenças Diarreicas Agudas, implantada nos 78 municípios , registra uma aumento de casos notificados embora sem definir a etiologia.

CONDUTAS EPIDEMIOLÓGICAS E EDUCATIVAS

Notificação em caso de surtos: deve ser imediatamente notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica Municipal, e/ou Central para que sejam desencadeadas as medidas de controle bem como as necessárias à identificação do agente etiológico.
Exames laboratoriais
O Lacen de Mato Grosso do Sul faz exames de detecção de rotavirus dentro da sua rotina. Importante frisar que em caso de surto não se faz necessário coletar exames de todos os acometidos, visto que o vínculo epidemiológico associado ao quadro clínico demonstra a ocorrência do agravo na comunidade.

Vacina contra o rotavírus

A utilização de vacina eficaz permanece como a medida profilática de maior impacto contra a diarréia por rotavírus. Em 1998, uma vacina oral, tetravalente contra os sorotipos G1, G2, G3 e G4, foi liberada para uso nos EUA.
Recentemente seu uso foi suspenso até que melhor avaliação acerca de sua segurança seja feita. Apresenta-se na forma liofilizada e quando reconstituída, cada dose de 2,5 ml contém 1 x 10 5 unidades formadoras de placa (UFP) de cada uma das cepas. Sua utilização no programa de imunização no Brasil, ainda não é preconizada pois , além das questões relativas à segurança do imunobiológico, ainda depende de estudos que avaliem melhor a epidemiologia do rotavírus entre nós, bem como aspectos relativos à relação custo benefício de sua introdução em larga escala .
Outras medidas sanitárias e educativas

As práticas higiênicas tradicionais e universais como lavagem de mãos, controle da
água e dos alimentos, destino adequado dos dejetos e do esgoto, tão importantes na profilaxia da gastroenterite por outros patógenos, parecem não ter grande impacto na incidência da infecção pelo rotavírus. Evidências nesse sentido são as extensas epidemias cíclicas da doença em países desenvolvidos. Nesse sentido, o estímulo ao aleitamento materno teria fundamental importância pelos altos níveis de anticorpos contra o rotavírus.

Fonte: www.saude.ms.gov.br

terça-feira, 13 de julho de 2010

Conjuntivites

O que é Conjuntivite e quais os sintomas?

Conjuntivite é a inflamação da conjuntiva (membrana que envolve grande parte do globo ocular). A causa da conjuntivite pode ser infecciosa, alérgica ou tóxica.

Há casos em que uma hemorragia subconjuntival pode ser confundida com conjuntivite. Esta hemorragia provoca vermelhidão nos olhos devido ao rompimento de vasos sanguíneos por traumatismo ou mudança de pressão no interior da cabeça (por estresse, choque ou esforço físico, por exemplo). Apesar do aspecto, geralmente esta hemorragia é inofensiva e desaparece por si.

Conjuntivite infecciosa

É transmitida por vírus (mais freqüente) ou bactérias e pode ser contagiosa. Nestes casos, a contaminação se dá pelo ar, especialmente em ambientes fechados, pelo uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas contaminadas e até mesmo pela água da piscina.

Existem diferenças entre os vírus, sendo que alguns se mostram mais agressivos e provocam grande desconforto ao paciente. A doença pode apresentar-se na forma aguda ou crônica e os sintomas são: olho vermelho, coceira, lacrimejamento, sensibilidade à luz e secreção branca ou amarelada. Também podem ocorrer febre, dor de garganta e dores pelo corpo e, normalmente, a pessoa acorda com os olhos grudados devido à secreção. Este tipo de conjuntivite requer alguns cuidados especiais que podem evitar a transmissão. Veja quais são

Conjuntivite alérgica

Geralmente ocorre nos dois olhos e em pessoas predispostas à alergia (que já têm rinite, bronquite e/ou outras atopias). Não é contagiosa, ou seja, não passa de uma pessoa para outra e nem de um olho para o outro, mesmo que em alguns casos se apresente antes em um olho e depois no outro. Entre as conjuntivites alérgicas os sintomas são a coceira nos olhos e/ou pálpebras, olhos vermelhos, e secreção (geralmente pegajosa e clara). Pode haver períodos de melhora e reincidência. Nestes casos, é importante que a causa da conjuntivite seja encontrada, pois esta pode variar de pessoa para pessoa.

Conjuntivite tóxica

Este tipo de conjuntivite é causado pelo contato direto com o agente tóxico. Muitas vezes este agente pode ser medicamentoso, como o colírio, por exemplo. Em alguns casos, este tipo de conjuntivite ocorre em recém-nascidos devido ao uso obrigatório do colírio (Nitrato de prata 1%) no momento do nascimento. O sintoma é olho (ou olhos) vermelhos e irritados.
Entre as substâncias mais comuns que causam a conjuntivite tóxica podemos citar alguns produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais.

A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa, deve-se suspender o uso, sempre mediante orientação médica.

Gripe I

A GRIPE, como conhecemos, pode ser causada por mais de 100 tipos diferentes de vírus e por isso pode manifestar-se em tantos episódios ao longo do ano. O contágio se dá através dos aerossóis, ou seja, daquelas partículas ou gotículas muito pequenas que estão no ar, brinquedos, mãos, objetos Seus sintomas são muito variados: coriza, espirros, tosse, febre, obstrução nasal, sibilos ( chiado), dores de cabeça, dores no corpo, inapetência, perda de peso. A coriza pode ser amarelada ou esverdeada, principalmente pela manhã, e não é isto que determina a gravidade. A cor da coriza pode determinar somente a “estase”, ou seja, aquele muco ou “catarro”que ficou mais tempo parado. Devemos sempre considerar alguns fatores de risco: idade da criança, situação de imunidade, alergias, tempo que está doente, estado geral ( disposição), alimentação, situação vacinal, características da família, etc.

FATORES DE RISCO: as alergias e imunidade abordaremos em outra oportunidade. Quanto a idade, sabemos que lactentes ( bebês) tem maior risco de complicações, devido a formação de seus anticorpos e conseqüente imunidade.

O contágio e a suscetibilidade podem ser maiores e mais fáceis de ocorrer nesta faixa etária, pela troca de objetos, bicos, beijo de irmãos ou familiares portadores de vírus ( e algumas vezes sem sintomas evidentes). O tempo de sintomas também pode determinar o agravamento ou diagnóstico de alergias ( rinites, asma, hiperreatividade), além de levar a inapetência e, as vezes, perda de peso: por isso a importância de seu filho ser examinado pelo pediatra dele, que mais do que ninguém ( depois dos pais) conhece o seu paciente ( e no caso, o seu filho). O estado geral ( disposição) nos deixa mais ou menos tranqüilos, e pode ser um bom indicador de redobrarmos nossos cuidados, por isso torna-se importante a observação em casa.

FORMAS DE PREVENÇÃO: boa alimentação com reforço dos alimentos amarelos e verdes ( bem Brasil!!!!) ricos em vitamina C: cenoura, abóbora, laranja, maracujá, bergamota, lima, limão, couve, espinafre, brócolis. São protetores das células, fazendo um bem incrível para que os vírus não cheguem perto.Muito liquido, principalmente água e sucos, fazendo com que o muco não se acumule, não fique espesso.

MÃOS É Fundamental, tanto quando chegamos em casa, como no contato, manuseio, alimentação, pós troca de fraldas. Não agasalhar demais, principalmente para dormir. Banho e higiene normais, principalmente a higiene do nariz. Qualquer sintoma mais importante deve indicar a visita no seu pediatra e afastamento da escola, não só para proteção própria da criança e melhor observação em casa mas também para evitar o contágio com outras crianças. Quanto as vacinas, bem discutiremos em outra oportunidade.

CRISTINA VIOLA VIVES
Pediatra
(Mãe do Thomas, Turma Infantil 2C)